domingo, 15 de fevereiro de 2015

talvez um dia eu vá.

“Todas as vozes em minha mente
Me chamando do outro lado
- Ed Sheeran

Sabe a frase clichê do John Green que diz que “a dor deve ser sentida”? Pois ela pode conter uma verdade incontestável, mas a mesma carrega todo o poder dessa dor a qual se refere.
Com o tempo eu aprendi a conviver com essa montanha de sentimentos que levo dentro da alma. Até dizia a minha mãe que era quando a tristeza vinha que emaranhada a ela toda a beleza da criatividade me acertava. Continuo a não questionar tal fato, mas talvez só esteja cansada de sentir tudo isso.
Sabe as montanhas intransponíveis? Sabe o sangue que não para de jorrar depois de um ferimento profundo? Sabe aquela doença que não tem cura?
Às vezes é assim que eu vejo todos esses sentimentos, eles podem até me fazer ir além do óbvio, além do comum, me fazer sentir de uma forma que poucos seriam capazes, mas onde foi que eu assinei o contrato concordando em ser assim?
Em que momento eu escolhi ser a pessoa que é inteligente, legal, amiga, mas é uma merda com si mesma porque só consegue ser essa merda consigo mesmo?
Onde foi que alguém me perguntou se eu estava confortável com toda essa instabilidade emocional, física e psíquica? ONDE FOI PORQUE EU QUERO RETIFICAR ISSO AÍ!

A dor pode até me trazer história, me fazer crescer, me ajudar a escrever, pintar, amar e compreender os outros, mas talvez longe não esteja o momento que ela me fará desistir.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

tudo dói.

Às vezes a única coisa que sou capaz de sentir é que meu coração vai explodir.
Quão exagerado isso soa eu nem sei expressar, mas uma vez uma amiga me disse que eu sou uma máquina de sentimentos e na verdade é exatamente isso.
Quando eu vi pela primeira vez o filme “Hugo Cabret” eu me identifiquei com a parte onde ele dizia sobre as peças das máquinas, falava que não existem peças sobressalentes. Eu acreditei naquilo, eu acreditei que eu não era uma peça sobressalente, eu acreditei num ideal, mas as vezes eu sinto como se tivesse muito mais dentro de mim do que eu posso suportar.
Dentro de mim não existe meio termo ou eu sinto demais ou sinto de menos e eu não sei como essa merda pode ajudar alguém, como isso pode ser bom.
Eu simplesmente não tenho controle sobre minhas emoções, sobre meu coração, eu queria poder gritar até minha garganta sangrar e ao mesmo tempo ir pra um lugar onde tudo que me rodeasse fosse silêncio absoluto e eu pudesse deitar na grama e me calar.
Eu sou uma contradição dentro de mim mesma, dentro da minha alma e dói e dói e eu queria poder usar todo esse sentimento que tem aqui pra algo bom, eu queria ser boa, boa pra mim, para os outros, mas eu também queria sumir.

Eu só não queria que tudo me atingisse de um modo tão profundo, eu queria que as dores parassem e que as feridas cicatrizassem, eu queria perdoar as pessoas, acreditar nelas e queria deixar de amar outras, mas eu não consigo e tudo dói, tudo dói demais.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

escorrendo.

Faz algum tempo que fechei esse blog, eu precisava de um tempo com tudo fechado só pra mim.
Houveram tempos de escuridão pelos quais tive que passar onde eu só poderia estar comigo mesma.
Abri um outro blog neste meio tempo, algo mais público, onde não me dou o direito de ser sentimental, pelo menos tentei não ser.
Mas tem me apetecido de escrever, colocar algo pra fora, seria cruel comigo escrever lá porque tenho outras ideias pra ele, pensei em escrever no Simplex, mas não o pretendo nunca mais deixá-lo público, mas esse blog, mesmo tento muito de mim não tem tanto assim para que o mantenha privado para sempre e o que quero escrever hoje não quero que seja só pra mim, nem sei o porque, mas quero deixar público.
Enfim, eu ando um pouco angustiada por esses dias, tenho tocado em feridas dolorosas de novo, pensava que estas já estavam quase fechadas, mas não estão. Eu pensei que estava acostumada a elas, mas me enganei redondamente, infelizmente.
E pela primeira vez não sei exatamente o que dizer, estou rodando e rodando e não conseguindo formular um texto coerente, com um raciocínio especifico. Tenho tanta vontade de apenas chorar, eu só queria que não doesse tanto. E o pior é que não é uma dor só, são tantas coisas misturadas. Pode ser só minhas hormonas, mas eu ando nervosa, chorosa, com medo.
Medo do futuro, medo de não ser alguém, de não ter alguém, de adoecer, não tenho medo da morte, mas tenho medo do que me acontecerá até lá.
Disse sempre que quando escrevo deixo o sangue escorrer por entre meus dedos, acho que é isso que precisava, que preciso e que sempre vou precisar.
Se alguém quiser me matar que me tire as palavras, que me tire a liberdade de escrever, morrerei e morrerei tão rápido.
Ultimamente tenho escrito muito minhas fics, queria voltar a pintar. Tanto minha histórias como meus desenhos tem aparecido por completos na minha mente. Há um quadro que quero pintar há mais de um ano e vejo-o perfeitamente na minha mente, ele só espera pra sair, assim como minhas histórias, elas surgiram e estão por completas na minha cabeça. Eu não sei porque não consigo colocar pra fora. Meu bloqueio não é de inspiração, mas de conseguir fazer, me dói isso, elas estão me prendendo e preciso deixar elas irem se não eu vou enlouquecer.
Me sinto como no filme efeito borboleta quando o rapaz tem tantas memórias que sua cabeça começa a dar problema. É assim que me sinto, entupida, isso, me sinto entupida de pensamentos, de obras, de sentimentos.
Por isso eu precisava escrever aqui hoje. Estou atrasada e deveria estar a fazer outra coisa, mas eu não consigo, eu precisava antes deixar isso sair, eu precisa respirar com um pouco menos de peso.
Ainda estou com tanto aqui dentro, tanto e tanto, mas espero que essa semana eu consiga deixar-me ir um pouco, deixar meu coração fazer morada em outro lugar, deixar-me estender por aqui através de minhas palavras, assim como sempre deixei.
Eu preciso, de novo existir em outros sítios, eu preciso de mim de novo a deixar meu sangue escorrer porque ele não me cabe mais aqui dentro todo ele.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sobre o espetáculo Ariel

Faz algum tempo que venho querendo escrever algo aqui, mas queria algo que não fosse um meio de "desabafar" como ódio ou indireta/direta pra alguém, mesmo que isso esteja sendo difícil levando em consideração o que tenho sentido ultimamente, mas hoje aconteceu algo tão lindo que eu achei digno de escrever.

Então vamos lá.
Tudo começou na pré-estréia de HP 7 parte 2.
Eu passei praticamente o dia no shopping a espera do filme, e entenda, eu sou dada, conversei com todo mundo, peguei face/twitter/msn/orkut de todo mundo, literalmente, e eu virei amiga da Glória, minha Tonks (ela estava de Tonks e ela será pra mim sempre a Tonks).
Depois de lá, nunca mais nos vimos, conversamos por msn e pelo face, não nos falamos muito, mas sempre uma lembrava da outra, perguntava como estava e sempre se alegrava pelas vitórias da outra, eu me entristeço de não ter sido presente o suficiente pra estar também nas tristezas, que sei que são momentos que precisamos de pessoas ao lado, mas eu estive com ela nas alegrias e sou grata por estar na vida dela, mesmo que por momentos pequenos, naquele dia de algum modo Deus me permitiu ter uma amiga escolhida a dedo, alguém especial, tão especial que dentre todos os amigos que eu poderia ter feito ali, ela foi a única a quem eu tenho contato até hoje e isso é estranho e gracioso ao mesmo tempo.
Ela dança, eu não sabia o quanto, e sempre quis ir numa apresentação dela, ano passado não consegui e esse ano eu fui.
Eu conheço alguns sonhos da Glória, eu conheço um pouquinho do que o coração dela é capaz de fazer.
Aí então quando eu vi ela naquele palco, sendo o peixinho que eu mais gostei da minha infância eu explodi de orgulho, eu sorri como uma boba, eu quase chorei de alegria e orgulho de ver ela ali, ela sorrindo, ela superando a dor de cada ensaio e se dando, se dando intensamente por aquele espetáculo, acompanhei pelo face dela quando ela machucou o pé, sofri por saber que ela estava mal por não poder dançar e me alegria imensamente quando ela postou a foto de que já estava conseguindo fazer ponta novamente, eu fiquei feliz porque eu sei que ela nasceu pra isso.
Quando eu vi ela ali naquele palco, não querendo ser uma estrela a brilhar, mas querendo ser quem ela realmente é, se expressando com verdade, com autenticidade eu vi, não nos olhos dela porque minha vista não é boa ao ponto, hahaha, mas eu vi nela que esse dom que ela possui é precioso, demasiadamente precioso, uma joia e eu fiquei feliz porque eu tenho CERTEZA que ela não vai desperdiçar esse dom, eu partilho um tantinho da preciosidade do coração dela e sei de alguns projetos que ela e Deus tem e eu fiquei imensamente feliz de ver a menininha vestida de Tonks se tornar uma gigante, uma linda gigante.
Fico feliz por ter tido a honra de estar lá, de ter a honra de tê-la na minha vida, mesmo nas pequenas conversas eu aprendo tanto com ela, me orgulho tanto.
E sinceramente, eu raramente me emocionei assim por ver alguém fazer algo, ouso dizer que NUNCA me emocionei assim, mas porque eu vi a verdade em você eu não consegui conter o sorriso sincero em te ver em suas sapatilhas e no tecido.
Te amo minha Tonks e quero ter dar um ENORME parabéns.
Parabéns pela peça que foi realmente linda, por cada passo da dança, não só os de hoje, mas cada um que te trouxe até aqui, parabéns por você ser quem é.
Saiba que estou aqui sempre, sempre realmente, para o que precisar, e mesmo na distância estarei cuidando de você com minhas orações e com meu sincero sentimento de amizade.
Te amo e acredito muito em você.
Grande beijo flor.