Os pastéis de quermesse são uma delícia parece que os pastéis de quermesse conseguem ter um gostinho todo especial que a gente não encontra em nenhuma outra pastelaria.
Também me encanto com as fogueiras, o poder que elas têm de reunir pessoas em volta de si.
Quando criança, eu me lembro que na rua da casa dos meus pais era costume todo ano no dia de São João acender fogueira em frente à casa de uma vizinha. Não importava o dia da semana em que caía, acender a fogueira no dia 24 de junho era sagrado. Ali, em torno daquela fogueira se reuniam os vizinhos, tomávamos quentão ou chá de gengibre para as crianças, comíamos pipoca, batata assada, desta fogueira saia moda de viola, saia muitas risadas, saía também partilhas de dor e sofrimento, esperanças e sonhos.
Na cidade onde o meu avô materno mora, lá as festas acontecem na praça em frente a igreja matriz, a bandeira dos santos era hasteada na praça e quem conseguisse pegar a bandeira levava para casa e neste sentido era como se levasse as bênçãos dos santos comemorados no mês de junho para a sua casa e devolviam a bandeira somente no ano seguinte e assim outra pessoa levaria as bênçãos da bandeira para casa naquele ano.
E para hastear a bandeira era cantado um hino, num ritmo bem sertanejo e cheios de rima e todo mundo sabia o hino e cantavam de olho na bandeira que ia subindo e olhando a bandeira víamos um céu todo estrelado, é como se o céu também estivesse participando daquela festa.
A festa era bem divertida, também era uma oportunidade para as paqueras, lembro que a última vez em que estive numa festa junina na casa do meu avô, as meninas ficavam de um lado da praça e os meninos de outro, e no meio da praça havia um coreto, ali trocavam bilhetinhos muito bonitos e respeitosos e depois eles se encontravam para dançar a quadrilha e ali se iniciava um namoro e alguns destes namoros acabaram em casamento.
Ver a fogueira me encantava, aquelas chamas coloridas, ora a brasa vermelha soltava labaredas amarelas, laranjas e azuis, era lindo de ver. E ficar em volta desta fogueira aquecia o nosso corpo e também o nosso coração.
Que saudade deste tempo, como diz: “Que tempo bom, não volta nunca mais!”.
Realmente, o tempo não volta, mas as tradições nós podemos resgatá-las.
E este é um dos objetivos da nossa festa julina “Sede Caipira + Sede Santo”.
Quem de nós não tem em suas raízes, em suas origens pessoas que viveram um pouquinho do eu partilhei acima? Quem de nós, não tem em sua família alguém que trabalhou com a terra, com a agricultura?
Venha viver esta experiência, queremos resgatar a cultura das festas típicas, promover laser e entretenimento, reunir os amigos e vizinhos, ouvir música ao som da viola e da sanfona, e comer gostosuras de festas julinas.
Quando? 30 de julho de 2011.
Onde? Comunidade Sal e Luz, na Rua José Zanchetta, 267
Horário? A partir das 17h
Traje? Opcional, você pode vir vestido de caipira, ou com algum detalhe para prestarmos homenagem as nossas origens.
http://www.comunidadesaleluz.org.br/?url=sede_caipira_sede_santo-2011.php
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