terça-feira, 17 de setembro de 2013

Apego próprio

Ultimamente ando meio desapegada das pessoas, como disse no post anterior, até me surpreendi ao me ver sorrindo com a notícia de que talvez meu preferido esteja namorando, afinal ele me faz tão feliz, mas eu não o posso fazer, então que ele encontre alguém que possa.
Mas no mesmo passo que ando me desapegando dos outros, ando me apegando a mim e as "meus pedaços soltas".
Sempre tive esse apego, veja que 1) não empresto meus livros, 2) tenho um blog restrito onde meus pedaços escritos são os mais íntimos possíveis, 3) me causa arrepios pensar em alguém vasculhando meu computador, celular, tablet, cadernos.
Geralmente eu fixo abas no navegador, são as mais diversas, as vezes eu excluo todas, as vezes, algumas, mas sempre adiciono algo e se as fixos é porque eu quero fixá-las e tem algo que eu quero ver depois, então elas ficam lá e me sinto satisfeita com isso, e houve um dia que eu emprestei o notebook pra uma pessoa, primeiro que isso já é algo considerável, aí essa pessoa "se apossou" do computador e começou a fazer as coisas dela  e 1) se eu emprestei, fico grata de saber pra quê e que use só pra isso e 2) não mexa no que já está, se está tem que ficar, e aí 1) ela começou a usar para outro fim diferente do qual eu emprestei e 2) ela começou a excluir os links que estavam fixos.
Eu fiquei revoltada, meu sangue subiu, meu sangue desceu e eu só disse que se estavam fixas era por algum motivo e que ela abrisse uma nova aba para fazer o que ela estava fazendo e, sim, joguei na cara dela, por brincadeira, que só emprestava meu note novamente se ela não mexesse nas minhas abas fixas.
Pode ser algo infantil, e é, mas por ter esse apego sobre a minha própria pessoa me sinto muitas vezes invadida, e quando alguém entra sem bater, sem pedir licença eu me arisco e me incomodo.
Se nem Deus entra se não deixarmos que Ele assim o faça, não vejo sentido dos outros tentarem arrombar portas, principalmente quando essa porta dá acesso a algo precioso como a nossa essência, ao nosso segredo, a nós em profundidade.
Gosto de mim ao ponto de me preservar, mesmo que muitos achem que me exponho demais, sei direcionar o olhar pra aquilo que quero que vejam, foi e será assim, porque eu gosto de mim o suficiente pra deixar tesouros escondidos, assim como os piores venenos.
E gosto de me proteger também porque ninguém realmente te compreende, ninguém vive a sua vida, ninguém se importa 100%, ninguém quer ver 100% e nem é por que vejam, ninguém aguentaria a verdade 100%.
"Mostre a eles o que eles são capazes de enxergar"

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